contemporary art centre, Tavira




Centro de Arte Contemporânea | Cerca do Palácio da Galeria | Tavira | 2006 | concurso

Na proposta a concurso definiu-se a sala de exposição elevada acima do solo, numa geometria de referência fundamental: um recinto quadrangular define a exposição e um movimento em espiral abre e propaga os seus vértices aos quatro ventos. A partir destes quatro vértices, a sala de exposição sobrelevada expande-se para o exterior, oferecendo momentos de repouso e de contemplação da cidade - o visitante detém-se aí, tomado pela vista singular que oferece esta construção erguida no cume da colina genética de Tavira. Estes "miradouros" contrapõem-se ao espaço cerrado e introspectivo, de exposição e luz controlada, inscrevendo-se num percurso periférico que pontuam com singularidade dramática.
Para a exposição, propõe-se uma ocupação modular e versátil: divisórias erguem-se parcialmente nos 5 metros de pé-direito livre, deixando expressa a altura e a extensão da sala de exposição, que assim se lê como um espaço total, ainda que divido de forma labiríntica.
Debaixo da sala de exposição fica um espaço aberto, em sombra, que recebe quem entra por uma porta já existente no muro da cerca. Será um grande átrio exterior, sombrio e fesco. A luz chegar-lhe-á reflectida por superfícies brancas, atravessando os vazios tensos entre o CAC e o muro da Cerca. Neste espaço, aberto debaixo do edifício, o visitante encontra protecçao após a subida ao cume da colina em que a cidade se fundou.



arch: Nuno Arenga, Paulo Rocha